Meninas,
Aproveitando o clima do texto, o clima da minha vida, estou MEGA SEM TEMPO essa semana.. prometo que amanhã ou sexta eu sento e escrevo coisas legais!
Mas, pra não dizer que eu não publiquei nada nos ultimos 3 dias e eu ODEIO isso, me sinto culpada (nao consigo ter CULPA ZERO pra mtas coisas..rs), estou postando o texto que a Angélica (uma noiva que não é minha, mas está sempre em contato!) para vcs lerem.
No momento, eu me encaixo nele, mas nao mto.. estou atolada, correndo, sem tempo nem de fazer xixi, nem de tomar um café e ler o jornal ou de apreciar uma cheesecake (DIET) como deveria.. mas me sinto EXTREMAMENTE FELIZ, extremamente realizada, EXTREMAMENTE Vitoriosa e mais do que tudo: NAO DEVO NADA A NINGUEM, to seguindo a minha vida como eu sempre quis.. e me sinto LIVRE, de certa forma, ao contrário da filosofia do texto, me sinto de alma lavada e missão semi cumprida...
Leiam e pensem! Não tenho tempo pra comprar meu abajour, nem o piso da minha casa ou ver o projeto da cozinha, mas estou feliz! Isso que importa, no fim das contas...
Beijocas e obrigada a Angelica por ter lido e lembrado de mim!
Sou a Miss Imperfeita, muito prazer.
E, entre uma coisa e outra, leio livros.
Portanto, sou ocupada, mas não uma workaholic.
Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.
Primeiro: a dizer NÃO.
Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO.
Culpa por nada, aliás. Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.
Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.
Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.
Você não é Nossa Senhora. Você é, humildemente, uma mulher. E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante.
Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável.
É ter tempo. Tempo para fazer nada. Tempo para fazer tudo. Tempo para dançar sozinha na sala. Tempo para bisbilhotar uma loja de discos. Tempo para sumir dois dias com seu amor. Três dias. Cinco dias!
Tempo para uma massagem. Tempo para ver a novela. Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza. Tempo para fazer um trabalho voluntário. Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.
Tempo para conhecer outras pessoas. Voltar a estudar. Para engravidar. Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado. Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.
Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.
Existir, a que será que se destina? Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.
A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada.
Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.
Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.
Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo! Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente. Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que se lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir dessa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.
Desacelerar tem um custo.
Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.
E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante'.
(Martha Medeiros)
Texto publicado na Revista do O Globo.
Muito legal mesmo o texto!!!!
ResponderExcluirBjs para minha super "cerimonialista"!!!!